o que sopra o vento e
corre pelas minhas veias
são versos a quem não dei ouvidos


o não frear do cotidiano
deixou  angustiante sensação
de poesia aprisionada


estremece-me o corpo
fervilha o meu sangue
na procura do caminho


foge-me aos sentidos
escapa-me aos dedos
morre calada

Nicast
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