A gota
 
Este véu de seda escuro
Não tinge tua áurea com doçura
Refresca o paladar a carne pura
Os frascos do teu corpo de luxuria
No mar de espumas
O  veneno  mescla junto ao carinho
No seio o doce amargo do teu ninho
Abro o meu corpo de menino
E salto do abismo, fico sem mimo
Mas não te dou a gota
Do que sou, em liberdade
Eu também sou puro abismo.
06/09/2010

 
  

 

Boca da Mata
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