Anjos de branco

Na aurora dos meus dias
posso vê-los, senti-los,
porem não posso toca-los.
Anjos da guarda de branco,
cordões umbilicais que zelam
por esta minha frágil existência.
O sopro da vida esvai-se.
e eu entre quatro paredes,
perco-me na escuridão
destes labirintos frios.
A vida me é mantida
através de uma (artéria)
artificial e transparente
por onde vejo lentamente
o(esbranquiçado) sangue
mantendo-me na ilusão
de que ainda estou vivo.
 
Escrevi este texto logo após ter me recuperado de uma cirurgia
e foi dedicada ao grupo de enfermeiros (as) que cuidaram de mim.

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No hospital

Jose Aparecido Botacini
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