Quando alguém aparece...
Do íntimo do mais íntimo dos nossos sonhos...
De um dia vir a conhecer a verdadeira face...
Do verdadeiro amor.
Saciar desejos com o tato de peles arrepiadas...
Sonhar sonhos e ideais juntos...
E chegar juntos ao mesmo destino...
Quando o veículo é a conjuntura de corpos juntos.
O amor verdadeiro é tudo isso é um pouco, além disso...
Procurar na paixão arrebatadora o amor da vida?
Não. O amor de nossas vidas não existe...
É o amor verdadeiro que nos faz ter amor pela nossa própria vida.
Quando isso acontece realmente estamos amando.
O amor verdadeiro cresce de um embrionário relacionamento...
Toma corpo e toma os nossos corpos e mentes...
Tomando forma na forma que o envolvimento cresce...
Fortalece-se irrigado pelo sentir...
A falta que nos faz...
A vontade de estar sem ainda ter estado...
E o estado de sentir-se junto...
Como antecipando o encontro e suas inevitáveis consequências.
Saciando a sede de braços... abraços...beijos e amassos...
Toques e tatos... Viagens rumo ao sem rumo...
Navegar atracado ao cais do afeto.
E atracar no afetuoso porto de um abraço...
Fazer amor...
Entre quatro paredes...
Ou passeando de mãos dadas nos parques...
Dar pipocas aos peixes...
Olhar ao lado e ver um sorriso.
O amor verdadeiro é aquele que liberta...
Aprisionando-nos a ele próprio...
É a liberdade que a cumplicidade trás.
Ciúmes... Possessão...
Dizer que ama sem amar...
A paixão os explica... Mas nunca acaba bem!
O verdadeiro amor...
E sempre posto a prova... Resiste ao tempo mesmo sem espaço...
E quem ama é sempre capaz de admitir estar errado...
Assim como quem ama...
É sempre capaz de perdoar...
Por isso que o amor verdadeiro
Nunca acaba...
Mesmo sendo a cada dia mais raro.
© Todos os direitos reservados