CRÔNICA: O AMOR NÃO SE PROCURA, ELE BROTA NO PEITO

O AMOR  NÃO SE PROCURA, ELE BROTA NO PEITO.

"O amante apaixonado já não vive mais em si, mas inteirinho no objeto amado; quanto mais sai de si mesmo para se fundir neste objeto, mais se sente feliz". Erasmo de Rotterdam (olha o ano: 1510)

Este amor, sobreviveu aqui e ali até os anos setenta, onde, por exemplo, ainda era possivel um homem rico se apaixonar por uma moça pobre e vice versa, pois não dominavamos nossos sentimentos e nem eles eram comandados pelo materialismo.

Eles tinham vida própria e simplesmente iam surgindo e quando viamos já estavamos apaixonados.

As classes sociais se interagiam mais. Eram os sentimentos que comandavam.

Hoje há muita racionalidade nas procuras e o amor, que na verdade já não deveria mais ser chamado assim, deixou de ser algo acima do nosso controle, então não é mais amor, pois o amor não se deixa encurralar em padrões.

Hoje procura-se o amor com uma bula na mão cheia de pré requisitos.

Por isso, se você encontrar alguem  com quem tenha afinidade e harmonia já estará ótimo, dê-se por feliz, pois o amor verdadeiro, que nunca se esgota, este não encontramos mais na Terra.

Não pense que este é um pensamento pessimista, muito pelo contrário, só que ilusão não leva ninguém à frente e, neste caso, é melhor ser realista.

O mundo se tornou extremamente materialista e, sendo assim, só vigoram fatores externos numa aproximação e a tendência não é melhorar. Já não tem mais volta para a grande maioria da humanidade.

Amor não se procurava, amor brotava, como algo natural sem muitas ansiedades e os anseios íntimos eram como mensagens encaminhadas aos mundos invisíveis, como mensageiros, que acabavam por nos trazer alguém em especial quando estivessemos preparados.

Hoje se 'procura' amor e 'procurar' é algo intelectivo, material, puramente mental, já cheio de 'pré requisitos', por isto a chance de se encontrar alguém com as mesmas finalidades emocionais são rarissímas.

E a cada desilusão as pessoas encombrem mais ainda o que vai pelos seus íntimos, chegando até um ponto em que nem sabem mais o que é seu realmente, daquilo que sentem, ou se já não são imposições colocadas pelo meio. 
 
O erotismo está aflorado à exaustão e o sexo se tornou a primazia e, vulgarizando-se, leva as pessoas, depois, para isolamentos e solidões

Com o passar do tempo isto não vai satisfazer mais e ai vem as chamadas desilusões, amargores e todo tipo de sentimentos negativos e principalmente desconfianças
 
E vão todos para os namoros virtuais e numa boa parte para o 'sexo' virtual e mental, tanto é que os sites de relacionamentos mais 'pesados' são os mais procurados.

Este exagero de vibrar mentalmente no instinto sexual só pode levar à infelicidades já que o mundo mental é responsável diretamente pela nossa paz interior.

Amor não se encontrava com o raciocínio,  e sim com o que ia no nosso coração.

Ele simplesmente ia surgindo inesperadamente no nosso coração.

Esqueçam o amor e procurem serem mais felizes consigo mesmos, formando círculos de amizades.

Primeiro temos que nos doar afetivamente e nos purificarmos intimamente, mudando nossos pensamentos, nos tornando melhores, transmitindo bons fluidos, cultivando boas amizades,  que as coisas se encaminham.

É plantando que se recebe.

" Uma substituição para o amor perdido não existe! Os esforços doentios para despertar e incentivar  o instinto sexual, por toda a sorte de meios desvergonhados, e o abuso que se faz com os corpos terrenos nesse sentido não podem enganar ninguém de que existe uma separação do amor e da luz." Roselis von Sass em 'O Livro do Juizo Final' - graal.org.br


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