Não sou branco

nem negro

ou amarelo,

feio rico ou belo.

 

Meu nome é ninguém

nem do mal ou do bem,

além ou aquém,

portanto ou porém,

o que vai ou o que vem

 

O início

o fim,

nada pertence a mim.

 

Não sei de nada

e desconheço a estrada

da salvação,

penso com o cérebro não com o coração,

 

Sou o erro torto

do certo e errado,

sou livre, preso, amarrado

no meio do mato

na cidade, e bonzinho com maldade.

 

Eu sou enfim, assim

acredito em deus (D)

tenho fé,

fui ateu,

quem não é?

 

Conheço o presente

dou amor

dou presente

sinto dor,

dor de gente

 

Sou frio e quente,

animal racional, inteligente.

 

Gentil amigo,

nem ligo

às vezes ligo

 

Sou conselheiro

sou mentiroso

verdadeiro,

dependo do dinheiro

pra comer, viver

eu sou você.

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