Silêncio

 
Percebo que perdi para solidão o meu sorriso
E derrotado escuto o silêncio a me avisar
A saudade chegou
E sabe as palavras que me faltaram?
Aos poucos declaram-se uma a uma
Caindo dos olhos meus 
 
E assim foram,
Palavras a enlouquecer as noites de domingo
Meu fraco sorriso se afoga num mar de desespero
Enquanto uma parte minha liberta o silêncio que mais existia
Poesia.
 
Julgado ali, diante de meu espelho
Há tempos abandonei meu rosto,
Era o pouco de mim que ainda me aceitava
Mas enganas-te poeta
Não recitas mais vida em teus versos
Pois aquela boca ao qual desejavas ser devorado
És a cada segundo mais e mais amarga
 
À janela faltam estrelas e um luar,
Aquele adeus roubou a noite mais linda que julguei ser imortal
Não suporto o frio se pela fresta da minha porta
Outro amanhecer chega lentamente
Avisa-me agora que serão poucos minutos
Para sonhar com você em cada verso,

 
Poesia fria.