Eu sou aquela que quando o dia nasceu com a brisa...
Trouxe a tempestade.
Aquela que mesmo antes de sorrir
Já sabia chorar
Sem nunca ter caminhado.
Aquela que sorriu das injustiças
Que chorou das alegrias
E quando a mágoa chegou...
Não tinha mais lágrimas pra derramar.
Aquela que morreu ao cair da noite
E renasceu com a manhã
Numa outra forma de vida.
Aquela que acreditou em tudo e todos
Iludiu-se e sofreu
Mas, não se deixou cair.
Aquela que esperou e espera
Ver sorrisos brilhando nos olhares
Sem sombras
Sem maldades.
Sou aquela que partiu sem nunca ter ficado
Para ser diferente...
Sou aquela
Que retornou para não ser esquecida
Aquela que se desfez das fantasias
E deixou de dormir para não sonhar.
Mas, mesmo assim, eu sou aquela que se fez poesia...
Para nunca esquecer de amar.
 

Sandra Barcelos
© Todos os direitos reservados