Rosa de pano...

 
Lá está, beleza postiça,
Até provoca cobiça,
Artificial rosa de pano.
Nunca foi pequena,
Sua tez não amorena,
Seu rubor é puro engano.
 
Mantém o porte da flor,
Tem até a sua cor,
Porém seu perfume jamais.
Nunca se viu botão,
Espera os beijos em vão,
Dos colibris nos quintais.
 
Mirra-te a pele? Aceita.
Toma a via estreita,
De uma vida menos ditosa.
Exigir forma perfeita?
Se flor de pano enfeita,
Dela nunca brotará outra rosa.
 
 
Manito O Nato
17/10/2008

Manito O Nato
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