Há tempos não posto
Talvez não esteja disposto
E as palavras que surgiam tão fáceis,
Se foram, tal qual o seu rosto.
Vejo-me parado no tempo
Movido apenas pelo vento
Nas ruas, esquinas que traço
O meu rastro é um vazio imenso.
O perfume que as flores exalam
Um dia me cativaram
Hoje só resta o lamento
Dos amores que já me deixaram.
Meus versos insignificantes
Outrora, embalaram amantes
Sintonia poesia e poeta
Agora estão mais que distantes.
Saudades do tempo de amor
Belezas, prazeres, calor
Vivia a cantar e sorrir
Mas nesse instante o momento é de dor.
Há tempos não escrevo, senti saudades dos versos.
Espero que gostem das palavras, que eu procurei juntá-las com afeto.São Paulo, 25 de agosto de 2008.
Carlos Eduardo Fajardo
© Todos os direitos reservados
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