Ultrapassando a questão deste soro
Num surto sonoro de (des) graça
Entre as suas veias e a importância de respirar
Apenas entorpeci o meu tempo
Imaginando que você se importaria...
No escuro, torpe baforou o resto da vida existente
Neste recipiente, jazem de molho as suas cores e pensamentos
E os flagelos endurecidos e ressecados de angustia
Bebendo chá e falando sozinho, sem janela
Um pedaço do corpo
Pode tornar a ser vírus!
Por dentro da sua testa a se arrastar
Comendo as suas glândulas e perversões
Por dentro...
Por fora a cara espantada
Eu apenas retorci o meu tempo
Esperando o lado pessoal passar
Vendo o ser definhar e fumar até a pensar
Neste lapso melancólico
O cabal suicida que escorregou entre os dedos
Perdeu de vez o compaço
Assistindo a espingarda soprar e soprar
Apontada para um futuro
Aguardando um único movimento em falso para lhe estuprar na escuridão
Com verdades que levaram as folhas do chão
E ao êxtase da vida escravizada nos males psicológicos e em imagens subterrâneas
Atribuídas nas suas quedas curvilíneas
Sem mais tempo para pensar
Lendo as entrelinhas da calma ou não,
Ninguém irá se importar...
Sua carne parecia tão brilhosa quanto o seu suor fedorento a alma de flores
CA-K:
10/07/2008
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