Um medo acometeu-me os dias...
Já não sei ao certo dizer de onde venho e pra onde vou
Mesmo com raízes fincadas na terra
Senti o tremer forte do vento...
Parecia tempestade de inverno
E cada vez que lembranças daquela noite balançavam em minha memória
Eu me confundia...
Eram cenas da mais pura primavera,
Chuva fina, úmida, matutina...
E na tentativa de silenciar a alma eu me perdia
Era demasiado sol de verão queimando-me a pele...
Ele ia forte, contra a pele, contra o corpo, contra a calma, a favor de mim...
E às vezes eu enlouquecidamente fechava os olhos
E mesmo no escuro e sem enxergar
Em sinal de felicidade expressivas folhas de sorrisos caiam dos lábios
Quantas estações uma noite pode causar na alma!
Dayanne Timóteo
© Todos os direitos reservados
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