Inscrito na alma
te procuro incansável
tanto amor reprimido
difícil a calma.
Ora espreita meu peito
ora esmaga a razão
tinta pinta vermelho
cinza espelha meu leito.
Fazes falta constante
transcendência impedida
me compele a chorar
a consciência delirante.
Qual a síntese expressa
onde o tempo vivido
fim-início, dialética
de que trata tese essa.
Às vezes dói tanto
outras êxtase livre
ao me perder em ti me encontro
na atemporalidade do encanto.
E te amo tanto, tanto, tanto...

Trata-se do registro da dor que me provoca a distância entre eu e o meu eterno amor, o qual reconheço de outras vidas.

Goiânia, 03/10/06, 22:30h