Grana, Subúrbio e Fé

Quando quero dinheiro, procuro no bolso e não acho
É por isso, meu amigo, que eu sossego o facho
É que sem dinheiro não dá pra sair e se animar
Não dá pra tomar um chopp, nem a morena quer me olhar

É conta de luz, água e telefone
Pago até pra usar meu nome
Não é fácil, meu irmão
É preciso muito jogo de cintura
Pois a parede tá sem pintura
E falta trocar o portão

Todo dia acordo cedo e vou pra luta
Nessa vida a briga é bruta
Tem que ter disposição
Às vezes o cansaço até me tenta
Mas se a marcha fica lenta
Só piora a situação

Porém eu não reclamo de nada
Sigo em frente nessa estrada
Eu aredito em Deus
Um dia a vida vai melhorar
Caminhando eu chego lá
Pra ganhar o que é meu