Sem ar, sem ar, sem ar!
Nada floresce neste deserto que mata devagar,
nada sai do lugar!

Nem você faz algo por mim, luz do luar?
Só faz por onde nos meus olhos morar?
Mas nenhum abraço me repara no meu desabar.

Ah, se a areia desse deserto viesse a findar,
ou o vento cortante desatinasse a parar,
iria eu feliz perseverar?

Pois de nada adianta gritar ou berrar,
nada pode ouvir esse coração acelerar,
nada pode sentir o peito dilacerar...
Nada e nem ninguém deseja este lugar.

Jonathan Cunha
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