A ópera dos condenados

Na noite silenciosa, o fantasma solitário vagueia
Pelos corredores vazios, onde seu amor jazia
As lágrimas rolam em seus olhos sem vida
Enquanto ele relembra as lembranças de sua vida
O amor de sua vida, agora uma lembrança distante
Uma presença ausente, que nunca mais voltou a falar
Os momentos mais felizes, agora se foram
E o fantasma, condenado a um amor eterno, está só
Ele tenta em vão tocar sua amada

Mas suas mãos passam pelo vazio
A solidão é sua única companhia
E o amor que ele sente nunca acabaria
Na ópera dos condenados, ele canta sua triste melodia
Uma canção de amor perdido, de dor e melancolia

Nada pode aliviar sua alma atormentada

E seu coração está eternamente condenado a ser torturado
A ópera dos condenados é sua casa

E a solidão é seu único amigo

Mas ele sabe que o amor verdadeiro não pode morrer

E ele continuará amando, mesmo no vazio sem fim.

Enquanto isso, sua amada o escutaImpotente e triste, ela o vê sofrer

Ela chora por ele, mesmo sem poder consolá-lo

E juntos, eles continuam na ópera dos condenados a eternamente cantar.

Um canto sem resposta, uma voz no vazio

Dois amantes separados, em um amor sombrio

Ela apenas o escuta, ele apenas a vê

Na ópera dos condenados, juntos a cantar sem fim.

No palco escuro e sem vida,

Os dois amantes continuam a cantar

Ela com sua voz suave e medrosa,

Ele com a alma a chorar
Ela quer tocá-lo, abraçá-lo,

Sentir seu amor ardente tão perto

Mas ele é apenas um espectro,

Que nunca mais poderá tocá-la novamente
O amor que eles compartilharam,

Foi como uma brisa que nunca morrerá

Mesmo que esse amor seja um tormento,

Eles continuam a cantar, sem desanimar
A ópera dos condenados é sua casa,

Um lugar onde eles podem livremente amar

Onde suas vozes soam juntas,

Mesmo que sejam incapazes de se tocar
Eles sabem que seu amor nunca morrerá,

Mesmo que continuem a sofrer em dor

E com sua música, eles enviam uma mensagem,

De um amor solitário, eterno e profundo.

O piano solitário no centro do palco

Ecoa as notas de uma música que nunca acaba

As teclas brancas e pretas se unem em harmonia

Criando uma melodia que nunca tem fim
Ele é o acompanhante silencioso

De uma ópera tão cheia de paixão

As cordas ressoam em um som profundo

Que penetra nossos corações
Cada nota é uma expressão de amor

Que une os amantes para sempre

E mesmo que suas almas não possam se tocar

O piano os mantém unidos.

O último acorde do piano ecoa no ar,

E a ópera dos condenados chega ao fim,

O fantasma e sua amada desaparecem no ar,

E a plateia finalmente aplaude, em meio ao silêncio e ao frenesi.

O palco se fecha, a cortina cai,

E a escuridão toma conta do local,

Mas o amor eterno dos condenados ficou,

E a música continuará a tocar naquele salão.

A cidade fica quieta,

E os corredores do teatro ficam vazios,

Mas a memória da ópera dos condenados permanece,

E ressoa em cada canto da cidade.

E como o eclipse da lua se esvai,

E o sol brilha novamente com todo o vigor,

O amor dos condenados continuará a iluminar a cidade,

E a ópera nunca deixará de ser cantada,

Para sempre em nossos corações, um amor eterno ficará.

Jaqueline Alexandria
© Todos os direitos reservados