Queria que voltasse com a manhã
e fosse tão real quanto a irrealidade dessa mentira de não tê-lo aqui
onde tudo revela que você está.
Queria que não fosse embora, mudar nossa história e entre erros e acertos
cometêssemos os dois deixando o resto para depois.
Vejo manhãs sem promessas, fechadas, enroscadas nas janelas, afetando a intensidade da luz
e a verdade fazendo a sua parte.
Resta me perder no horizonte...
roubar cores, desenhar voltas
e me colocar entre elas
sem mágoas e revoltas.
Não deixar o sol morrer... Imaginá-lo só nascente aquecendo seu lugar em mim
-e que nunca tivesse fim-
Carmen Lúcia
(num tempo passado de uma estação qualquer)
Carmen Lúcia
© Todos os direitos reservados
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