Corto-lhe ao meio
Enquanto me abraça
Cega-me os olhos
Como pontas de chicotes

Cada grão de areia
Que arranha minha pele
Misturando-me à poeira
Agitando meus cabelos

No olho do redemoinho
Lutando por equilíbrio
Ventila violento
Dois pulmões carentes

(Inflados pelo vento)
E após sua revolta
Em brisa me acalenta
Onde a maré se deita

Dando razão a meu suor
Visitando cada póro
E calçando, suave, meus pés,
Descansam as areias.