Soneto: quase uma self

Me vejo em letras de poemas que não fiz,

Tento transcrever o que vejo e sinto

Vezes só razão, noutras só instinto

Na realidade nunca passarei de um aprendiz.

 

Nas rimas que faço e crio

Poucas utilizo como opção

Mas servem de música e refrão

Para cantar em estribilho

 

Em reluzentes noites de luar

Traço lindas serestas de amor

Levo muitos a se encantar

 

E das vivas letras a esquecer

Triste sina de tal torpor

A preferir sorrir a perecer.

sergio de macedo saldanha
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