Na tela de um eletrônico,
ando entretido, já não sei por onde.
Tamanhos são os gigas da fonte,
de web distrações, sem fim.
Na tela de um eletrônico,
deleto a incômoda realidade,
posso sem responsa, trollar na maldade,
Rir do mal que há em mim.
Na tela de um eletrônico,
todos juntos, mas individuais,
stalkeando quem está mais,
feliz, mitando e com dimdim.
Na tela de um eletrônico,
me ligo sem flopar, ao crush que quiser
com o efeito de photoshop que me convier
para que tudo esteja clean.
Na tela de um eletrônico,
dou enter, sem da cama me levantar,
sem se despedir ou cumprimentar,
comprando e dizendo Sim.
Na tela de um eletrônico,
tudo passa como o vento,
correm em TBT’s o meu tempo,
Tão rápido, que já nem sei.
Na tela de um eletrônico,
as crianças e idosos não tem atenção,
é que não estão linkados na virtual reunião,
da minha restrita e moderna grei.
Na tela de um eletrônico,
a conversa de app é fácil e certeira,
não discuto com quem está à beira,
de contrariar a minha lei.
Na tela de um eletrônico,
do conhecimento e gosto mediano,
pequeno e triste é o ser humano,
Um fail, disfarçado de rei.
Guilherme dos Anjos Nascimento
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