Somos eternidade mais um segundo,
Atores voluntários de um anfiteatro
Que enobrece e dilacera seus astros
Perante imenso palco que é o mundo...
 
Concomitantes entre artistas e plateia,
Aplaudimos e agredimos nossos atos
Numa arena onde nada parece pacato
E a hipocrisia reina em solene assembleia.
 
Heróis e vilões dum infinito que é dúvida,
É que a natureza chora, agoniza assaz ferida,
Pois  o que parecia eterno, agora é finito...
 
Relações cortadas, andarilhos de marcha ré,
Só nos resta buscarmos as cavernas e o sopé
Das montanhas onde edificaremos abrigos!
 
 
 

 
DE  Ivan de Oliveira Melo

Ivan de Oliveira Melo
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