Uma hora de eternidade

Dá-me a tua mão                                                                                                              

e no silêncio poético
de um trovador entoa-me canções que
animem meu coração
pois já perdido na noite que cai
renasço nos teus braços reflectindo
a brevidade da vida,
onde se mascaram
os entes felizes capturados
na eternidade de uma hora;

Diz-me coração, esfaimado e traiçoeiro
como adornar a formosura implícita
na luz encantadora e radiante que me ofereces
como cantar-te apaixonado
pelas noites infinitas
pelos prados abandonados neste céu plúmeo
despojado, sentimental
reclamando numa brisa transparente
como se dispersa o céu azul
e permanece a imensa fé
passageira e ilibada…na hora eternizada
FC

Frederico de Castro
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