Invejo minha juventude passageira,

invejo o que estava por vir,

não por quem eu era antes,

mas pelo mundo que estava por descobrir.

 

Invejo as manhãs, tardes e noites,

e toda a beleza presente na vida,

invejo até o ano em que nasci,

e a maravilha que ele continha.

 

Invejo as demonstrações de amor,

que já expressava sem medo,

hoje nem sempre tão fácil,

mas lembrar delas é tão sedutor.

 

Sinto inveja, ah, sinto sim,

porque tudo passa, tudo muda, tudo finda,

mas não posso esquecer do presente,

e viver cada dia sem ter uma mente distraída.

 

É preciso lembrar que a vida é breve,

e que tudo se acaba um dia,

mas é no presente que vivemos,

e é onde nossas memórias são criadas.

Jaqueline Alexandria
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