Você que desdenha o outro
revelando o fel
esmerando o mel
Sabe que a tua casa
És a morada dos infelizes
Você que mal enxerga
O piso que pisas
Sabe que as sandálias
Da humildade pisa o mesmo chão
Que tu desdenhas
E o berço
Dos que repousam
Na cama da tranquilidade
Apenas tem um colchão
E o travesseiro é senão
A calmaria que acalanta e acaricia a alma
E quem falou na manta que te cobre
Bem que poderia ser a felicidade e a tranquilidade,
mas mesmo assim tu desdenhas
Infelizes os que fazem do seu dia
O maldizer da língua
Sendo a língua 
Aquela que açoita o corpo e a alma
 
 
 
 
 
 
 
 

 

Arlã Rocha
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