um poste
rua deserta em noite chuvosa
hirto em sua pose inconteste.
ostentando a luz solitária
iluminando passos, farol majestoso

chora as lágrimas das águas
escorrem pelo seu corpo
banhando, aliviando,
calor inclemente do verão
amenidades outonais
rescende flores do jardim primaveril
e tirita ao frio no desabrigo do inverno

no despontar da madrugada
ao clarão do astro rei
humilde se apaga
mantendo no ar os fios entre iguais
um detalhe no dia,
ausente de brilho próprio...

 

(27/10/2010) www.blogdoediloy.blogspot.com