Nas barreiras do tempo, desejos cerceados
Reféns do desprazer, do ilimitado desencontro
Pela densidade dos corpos, ausentes da colisão
Dos sonhos paralelos que fantasiam o real da ilusão
Expectativas mortas nas manhãs, das noites em lassidão
Dos corações sem cautela, esconderijo da volúpia
Testemunhas em silêncio, o flagrante dos espasmos
Das almas em pleno orgasmo, abortam o instante de prazer
Esperança viva que na morte, independência do tempo
Que a toda sorte e certeza, transcendem os limites
A qualquer distância e lugar, podendo ser até ao infinito
Em que o pensamento é o veículo que viaja o nosso amor

 

 

Murilo Celani Servo
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