Do vil ao belo,
certa distância há.
Talvez miméticas verdades
do até patogênico discurso,
a amealhar aquele feliz que
superou seu ego.
É o - caminho do meio - uma
simples resposta ao tédio. Ou não ?
Venha assim a - roda do dharma -
nos resgatando da vã matéria
ao inacabado temor pelo desconhecido.
Provando que doar-se é quase tudo,
só menos que o limite mínimo vital.
O - não eu - é libertação ou é
anulação ?
Seja, quem sabe, o -caminho óctuplo-
contra as causas do sofrimento
e a codificação da felicidade.
Mas f-e-l-i-c-i-d-a-d-e ????
Que palavra é essa, ao intuir de forma
reflexa uma coisificação niilista. Pois tudo
tem o seu espelho, sua dualidade;
a inevitável antítese !
O breve e a obscuridade, impede
parte da clarividência a ser absorvida.
Portanto agora postulemos o todo possível.
Porque no ápice da queda, toda a equação do ser
é só isso: um solfejar entre lábios e
a avidez por um inútil, último carinho . . .
Algumas informações pra melhor compreenção do texto e alguns termos usados :
Primeiramente a proposta do texto, mais ou menos na forma de poesia se propõe discutir as visões filosóficas de Sidarta Gautama, que desenvolveu visão baseada no Budismo. Nasceu de família rica no Nepal mas viveu mais na Índia
Roda de Dharma - símbolo budista que é representado por uma roda, que em 8 pontos estão afixadas as oito ideias filosóficas básicas do assim chamado -Caminho Óctuplo- tais como consciência, compreensão, modo de vida, fala , esforço, intenção, ação, todos exercidos c/ máxima correção e perfeição possível.
Caminho do Meio - é a visão guia de Gautama. É a visão de mediação entre a auto indulgência e a auto mortificação.
Memética- é o estudo formal dos memes. Um meme é uma unidade de informação que se multiplica no cérebro, tranmitindo e criando campos de transformação da idéia.
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