“F-e-l-i-c-i-d-a-d-e??? Que palavra é essa, ao intuir de forma reflexa uma coisificação niilista. Pois tudo tem o seu espelho, sua dualidade; a inevitável antítese.” Genial.
Sabe-se, bem no fundo, que a busca da felicidade, no mundo manifestado, é interminável, assemelhando-se a uma lenda ou um mito. Quando alcançamos algo que pensávamos que nos levaria a ela, aparece ‘ outro algo’, mais importante, mais brilhante, que nos atrai . Contudo, a busca em si, nos traz uma coisa boa, não sei que nome dar a isso: contentamento? Esperança? Aprendizado? O fato é que, na minha visão, aquele que deixar de buscar, de desejar algo, arrisca-se a perder sua força motriz, a desligar-se do mundo visível. E, aquele que busca a felicidade nas coisas do mundo visível, jamais estará no caminho do meio, porque este é incompatível com a busca. Instala-se o paradoxo: ou se vive por inteiro, intensamente, chorando, sorrindo, querendo, ou não se vive, porque a vida é assim, uma mulher caprichosa, que não aceita ser ignorada.
Adorei seu poema, profundo, aborda temas filosóficos que me interessam. Parabéns.