"What I see is unreal.

I've written my own part

Eat of the apple, so young

I'm crawling back to start."

 

Alice In Chains - Rotten Apple.

 

Quando nos deparamos com nossos íntimos,

Por vezes enxergamos um monstro tão hediondo,

Tão medonho, tão grotesco que nem acreditamos...

(Como somos pecadores inocentes...).

Em nossos espíritos há sempre a predisposição ao mal.

Amamos, cuidamos, temos afeto, compaixão, piedade,

Mas também odiamos, destruímos, temos raiva, indiferença, inclemência...

(O que sentimos são lados de uma mesma moeda... Cara ou coroa?).

Imagine que estás com uma pessoa isolada em uma ilha deserta.

Imagine que estão famintos e que em toda ilha só há uma fruta.

(Poderiam dividir, para que ambos tivessem mais forças? Sim. Mas...).

O instinto primeval influencia ao mal, um pensamento de egoísmo e malignidade

Passará pela mente de um e outro, por mais que se forcem ao contrário...

Somos, no fim das contas, tão altruístas quanto Lúcifer?

Temos o que um anjo teria e temos também o que um demônio teria.

(Cara ou coroa?).

Mas, francamente, quem sou eu para analisar a humanidade

Se sou tão humano quanto estes que observo e comparo?

Sou um Zé Ninguém, ouvindo música e tendo tantas qualidades e defeitos

Quanto todos os atormentados. (Ninguém é completamente feliz...).

Faz frio na alma, estou longe de tudo, nem sei se é excentricidade ou loucura...

Mas o assunto é outro que não eu.

E enfim, me corre à mente este estranho ruído,

Como se quando eu passo pelo mundo e estou parado em meio à rua

Onde todos os transeuntes são o universo inteiro,

Escuto um enlouquecedor barulho, zunidos de milhões de moscas

Vindos de sei lá onde e de mim...