Pincelei  um manuscrito tirano

Por um ser perverso creditado
Saí as cegas   ao teu doce encanto
Porém já havia me debitado
 
Em meus sonhos, formosa  estava
A caminhar no ermo , chorosa
Enquanto as soluções meneava
Sua  mente tão pura quanto a prosa
 
Eu a perder-me  sozinho  ditava
Cada verso, como essa glosa
Teus cabelos e boca formava
Iludido  pela astúcia vossa
 
Apaixonado me encontrava
Cansando-me dessa falsa prosa
Larguei-me a  ,só, esperar  ó alva
Pelo dia em que a paz  enfim possa
 
Se concretizar, sem dolo ou arma
Teremos por fim a  casa nossa
Em verdes pastos abraçar-te –ei
Seremos um ao outro  por resposta
 
Ao alto saldo que nos foi cobrado
E assim terminarão as ditas postas
Como  pondo fim a tamanho fardo
Que é uma dúvida sem resposta