Sinto a brisa gelada batendo em meu rosto,
Aproxima-se o mês de agosto,
Olho pela janela aberta de minha alma,
Com os meus olhos entreabertos,
Vejo através de meus cílios,
Destorcidas imagens que se formam,
A poeira não mais se levanta,
A garoa que cai umedece a terra,
Logo se transformará em temporal,
Recolho-me em meu quarto,
Em meu mundo criado por meus pensamentos,
Tenho tempo de sobra pra sorrir e pra chorar,
As horas passam desapercebidas,
São como as águas que correm pelas sarjetas,
Ninguém se importa até vir à enchente,
Lagrimas e chuva lavam meu rosto,
Em que mês me encontro?
Agosto, setembro, outubro !?
Pode ser novembro, dezembro ou janeiro,
Ou simplesmente a falsa alegria do mês de fevereiro.
 

 

 

 

Cesar Garcez
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