Para se revelar sem tremer
Contamos nossos segredos
Desvendando a outro ser
Os mais obscuros medos
E um amor que não nos desliga
Ao saber nossos defeitos
Nos dá força e acredita
Nesse novo alvorecer
E pelo contrário, nos abriga
Nos premiando ao sol nascer
Ficando ao nosso lado
Sendo tudo que se quer
Depois de revelado enfim
O ponto fraco da armadura
Encarando nossa verdade
Com calma, zelo e ternura
Assim ele nos liberta
Para sermos livres e voar
E nunca mais temer
Cair ao bater as asas
Nem se o chão estiver perto
E o azul se torne cinza
Ou nosso céu vire um inferno
Um vendaval surja de uma brisa
Dê tempo ao seu tempo
E nunca mais se apresse
Pois tudo que nos contempla
É exatamente o que se merece
Verdadeiro é o amor
Que é forte na alegria
E mais forte ainda na dor
Servindo de moradia
Sem ter servo ou senhor
E por ser tão verdadeiro
Sabe que não há temor
Pois será sempre o primeiro
E único que será eterno
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