Censura do Destino

Poesia viajante, poeta cúmplice da solidão
Da poetisa que distante, sem visão a seu olhar
Vê na lua o poetar quando sente o coração
A dor de cada verso, por não poder amar

Ornado todo o céu, atavios da noite em paixão
Brilhos cadentes despencam na direção do mar
Vejo você, estrela eterna das rimas da contemplação
Criação do meu desejo, eterna chama do sonhar

Queria do destino ao menos, a chance de um abraço
Mas a distância em veste proibida me faz viver esta censura
Extremos da paixão em que as metades vagam neste espaço

Minha alma em poética nua, entrego-te em cores do compasso
Rastejando meus desejos, enquanto não me furta a loucura
A esperança de ser rompida, a virgindade do nosso prefácio

 

Murilo Celani Servo
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