Unidos desconhecidos
Mansa turba caminhante
Em suas rotas distraídos
Enfiados em si mesmos
Na pressa de chegar
A um lugar de nome lar
Onde frente à televisão
Vão cochilar e acreditar
Esquecer se esquecendo
Fazendo contas, planos,
Adiando a vida, sonhos,
Para um amanhã talvez
Comendo fatos boatos em arrotos
Falas mal digeridas desatentas
Confundidos em alienados apetites
Na roda viva, despertam amanhã,
Reiniciam a marcha sonoletos
Ilhados em si, solitários entre iguais
Apressados, compassados,
Compenetrados, atolados nos coletivos
Seguindo seus caminhos e destinos...
*Poema selecionado para figurar na Antologia de Poesias, edição especial, Roda Viva, editora CBJE, Rio de Janeiro/RJ, agosto 2011
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Não crie obras derivadas dele