palavras nas quais me inspiro

 vivo como se fosse as cores que pinto, e retiro de cada dia um filete de luz

como se fosse meu unico respirar, meu unico sentido.

minhas palavras sao como a noite que aparece devagarinho e toma conta de mim, as vezes tropeco no escuro, 

e recolho pedacos de mim pelo chao,  percebo entao que cada vez que recolho meus cacos formo varias de mim e sempre diferentes, delirio meu, essencia minha porem minha unica forma de respirar . . .

Sou minha propria cria, as vezes anjo, as vezes monstro. Me deparo com escolhas que seduzem e com caminhos que me alucinam, e me envolvo no meu mais confuso ser, como uma colcha de palavras absortas no vazio.

faco do meu olhar minha janela para que eu possa um dia me assistir nua no espelho da minha alma transparente, respirando, ofegante buscando meu filete de luz.

carly maria
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