crônica: Êta povo bom! A vida aqui é uma onda!

  
                                Gostei muito de Salvador, quando lá estive. Mas o que me afeiçoou muito mesmo, foi o povo da Praia do Forte e Pau Grande. Sim... Pau Grande! Lá onde fica a Reserva do Sapiranga, distrito de Mata de São João. Ali se situam  pessoas  divertidas e amigáveis. Sempre tem alguém pra contar uma história hilariante!
                    Naquele lugar, conheci a Ilda, sorriso fácil e simpático, que quando falava algo inteligente dizia pra todos: “Aqui não é só um corpinho bonito, não! Tem muita cuca no lance!”.
 
                   Foi a Ilda quem deu nome a uma clareira, no percurso que faz de Pau Grande para a Praia do Forte, onde trabalha. Simplesmente, nessas coincidências da vida, sempre que ela passava por lá, via um casal de jegues num romance avassalador...
Certo dia, ligaram para seu celular querendo saber onde ela já estava, ela na sua voz baixa e com tom irônico, justificou: Estou passando no “MOTEL DOS JEGUES”.
 
O Povo baiano descansa na rede, mas também trabalha, e muito! E depois que muito se trabalha vem a hora do rango. E como pra tudo ali tem nome específico, não ia faltar pra comida.
Uma irmã de minha amiga , que mora no Rio, e  que não tive o prazer de conhecer, dizem, faz um prato maravilhoso, porém simples, que sacia a fome e é feito com carne seca e uma farofa molhada (tipo pirão) que recebeu dela o belo nome de INCHA RABO. Bem... deve inchar, encher, sei lá... mas o meu, por favor, que seja  com bastante pimenta! 
 
 
  
                               

NUBIA CARDOSO
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