Alma da poesia
 
Volita pelo espaço desse infinito Universo
em busca de um corpo que a permita habitar
com toda sua incoerência, verso e reverso,
impermanência e transparência a palpitar.

 
Deseja que a dualidade do animus e do anima
manifeste-se em consonância com a emoção.
Síntese, lógica, forma, organização, rima...
Sensibilidade, harmonia, melancolia e paixão...

 
Reverbera a cintilação de pedra preciosa
trazida das furnas do inconsciente do poeta
que lapida com sua pena, de forma minuciosa,

 
as entrelinhas de linhas que o locupleta,
cobertas pelo véu da metáfora maviosa
do solene fado escolhido que na alma desperta.

 
Ana Maria Pupato

ANA MARIA PUPATO
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