Quanta luz o teu olhar trazia,
no primeiro momento, ao te ver.
Só o que eu não sabia
é que de amor eu iria sofrer.

Foi em uma vã tentativa
que fingi não te reconhecer,
como uma verdade definitiva
que na minha vida iria se estabelecer.

Suas mãos nas minhas pegaram
e o selo da sorte estava dado.
Não sei porque meus olhos falaram
de um amor desesperadamente procurado.

E, agora, eu quero sentir
a doce vibração desse sentimento,
que, um dia, espero não ver partir
como um etéreo e fugaz momento.

A minha alegria quero dividir,
os meus sonhos contigo realizar,
sair sem ter para onde ir
e nos teus braços um rumo encontrar.

Eu quero simplesmente ser
mais um que ama
e nos teus braços adormecer
no calor eterno da tua chama.

***Ana Maria Pupato***

ANA MARIA PUPATO
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