Nada é tão ávido como

o fogo

este quinto ser metafisico

tem em se acor da vida

nas favelas vejo-o reluzente

espalhando sua lingua

sobre as firmes casas de papelão

sáo lagrimas de alegria

o povo correndo

festejando por suas casitas postas a cinza

e o lindo dragão de ouro

segue impavido

tocando sua cadenciosa música de louvação.

Boca da Mata
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