"Pelas noites frias ou quentes,
quando te vejo as margens escuras,
pelo desejo som da bela lua,
ao céu de teu beijo, te vejo,
como ensejo, belo desejo,
seu riso despejo
em meus versos prevejo,
a meia noite som de bela lua.

E quando do profundo ver,
com os olhos de poder,
por dentro posso esquecer
de pensar em te perder,
te vejo doce flor
que cintila por amor,
que deseja com fulgor,
os lugares, e mares, e lares.

Pelo forte vento que é luz divina,
posso ver-te ó doce menina,
pelo mundo que procuras,
aonde brilhas escuras,
pelo que buscas incompreenção,
todos nós somos algo que procuramos,
retenção, apreenção, compreenção.

São tantas as palavras doce bela luz,
que ao certo, nem se traduz,
como se diz, se bendiz,
não vivo feliz, sou eterno aprendiz."
(Pedro Lage)

Pedro Lage
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