(Curitiba, 13/09/2003)

Já me sinto beija-flor
em vôo rasante
sobrevoando campo limpo.

Meio coagulado de dor
antevejo o infinito dos instantes:
-Sem ti, quão grande saudade sinto!

Já diáfano este recinto
apresenta-se-me, do brilho dos olhos teus, distante;
Andam as horas e os dias sem cor

e engolem-me. Sorvo o absinto
amargo, acre do vazio constante;
Insossa, a lágrima rasa a íris e derrama-se incolor.