Quando inspiração e testemunho se completam

Palavras, palavras bonitas, a frase perfeita,
a história que marca, o autor de sempre.
Presença, presença constante, o cuidado de Pai,
a inspiração que vem, o testemunho também.
Deus age assim, iluminando para que a luz se espalhe,
se manifestando sem pedir segredo.
Deus é Deus assim, escolhendo pessoas que conseguem
entender o dom de ser “instrumento”.
Porque as coisas que vêm do céu não se encerram em si mesmas,
elas querem mais e mais moradas,
elas querem alguém que saiba multiplicar.
Da mesma forma que as coisas do céu,
a inspiração não almeja sucesso e nem autovalorização.
Verdade é que ela (a inspiração), necessariamente,
precisa habitar um corpo, o que é diferente de ser propriedade
do dono desse privilegiado corpo.
Para quem não abre mão de Jesus,
toda e qualquer inspiração se transforma em testemunho,
se transforma em divisão, em partilha, em restauração de vidas,
significa a presença Dele.
Ele, Jesus, o Cristo, a inspiração de Deus, o Deus inspirado,
que se doou por muitos, por todos.
Como somos pequenos diante da nossa suposta grandeza,
quantas vezes a nossa busca por entendimento faz com que a gente deixe de ter entendimento.
Será que estamos trilhando o caminho certo, com testemunhos verdadeiros e necessários?
Será que estamos confundindo inspiração com virtudes passageiras e egoístas?
Jesus não quis nada para proveito próprio, Jesus não foi estrela de um verão apenas.
Nele, inspiração e testemunho se completavam, promessa de dias melhores e coerência também.

Portanto, que seja esse o destino da nossa inspiração: as esquinas arejadas da coerência.
E mais do que isso, que a nossa inspiração seja, de fato, uma inspiração concreta,
bem diferente daquelas que somente se preocupam com coreografias e esquecem da alma,
nem um pouco parecida com aquelas que fazem a juventude dançar a música e perder o ritmo.
Perder o ritmo da consciência saudável, perder o ritmo da vida.
Inspiração que é inspiração, mais do que ambicionar números, vive de dar testemunhos.
Jesus, que era a própria inspiração, não ensinou ninguém a se gastar pelas rotinas materiais.
Pelo contrário, Ele nos orientou a levar, o quanto mais longe possível, o Evangelho, a santidade.
Isso só nos incentiva a diferenciar a qualidade das coisas conforme o nível do testemunho.
Pois, se o testemunho traz a mensagem de Deus no conteúdo (mesmo que indiretamente),
essa é a certeza maior de que a inspiração foi o início de tudo, de que Deus é o dono da obra.

Que a moda, as passarelas, e os outros palcos que tanto fascinam a todos nós
passem sempre pelos cuidados da nossa avaliação cristã, Jesus é a melhor das referências.
Aceite tudo que combinar com Ele, mesmo que digam que você não combina com a maioria.
Em contrapartida, questione tudo e todos que fazem de Jesus apenas um adereço,
até porque, desfiles que seguem por esse caminho fazem os “modelos” escorregar, e cair.
Em qualquer canto, em qualquer profissão, em qualquer arte, alheios a linhas de pensamento,
inspiração e testemunho precisam porque precisam se completar.
Caso contrário, ou a inspiração não passa de um alarme falso ou se perderá no tempo.
Somos inspirados por Deus, e, por Deus, para Deus, é que a nossa inspiração deve ser usada.
Não tem conversa, não tem jeitinho brasileiro, Jesus não veio pra ser renovado.
Ele veio, sim, pra trazer renovação, pra modificar hábitos, pra disseminar somente o bem.

Discernimento, pra que te quero? Inspiração, o que tenho feito de ti, como te perceber?
Testemunho, se Deus não for o centro, esqueça de mim, eu quero compromisso sério.
Você só quer ficar? Tudo bem, fique bem longe de mim.

Quando inspiração e testemunho se completam, Jesus se alegra completamente.
Qual seria a sua reação se Jesus sorrisse pra você?
Um sorriso, um carinho na cabeça, a satisfação de um Pai, o êxtase da sintonia.
Você nunca teve inspiração pra nada, é isso?
Isso não te faz inferior.
Pelo contrário, isso te motiva (bastante) a tirar dos bons testemunhos
a inspiração que Deus dá, quando não diretamente, através de um irmão de caminhada...