Em pensamentos me derreto.
Fluindo por entre vales
a encontrar verdes pastos
sem responstas, me desaguo.
Banho praias de enigmas
tentando decifrar
o que separa o rio do mar
e o que por fim os fazem misturar.
Penso no amor e na dor!
Quem é rio, quem é mar?
Se o amor por vezes é sal
qual mar a sofrer ressacas
se lança furioso nos rochedos
provando da dor da saudade.
Talvez dor e amor, rio e mar
sejam sentimentos salobres
que brotam em fonte
imperfeita no fundo do coração.

Solange Bretas
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