Sou única atriz
               do palco da minha vida.
            No meu palco em desalinho,
                  atuo meu monólogo
            que não deve ser assistido
          por nenhum crápula dissimulado
              se fingindo de bonzinho.
                No final do último ato 
      fecho a porta do camarim. Faço prece.
          Agradeço por mais uma atuação.
             Assim, adormeço sossegada,
                    e...mais nada...

 

Mariluxa
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