TANTAS OUTRAS EM MIM

TANTAS OUTRAS EM MIM

Sozinha em meu canto

Descubro tantas coisas...

E outras tantas se perdem

Em minha análise momentânea

Dos infindados questionamentos,

Dos sonhos tão turbulentos,

Dos sabores que tive,

Dos tormentos que mantive,

Dos fantasmas que me assombram,

Das frustrações que me afligem.

 

Consciência que me desperta,

Realidade que me vela.

Uma outra de mim me inquieta!

Uma viagem transcende à minha sanidade

E me faz imaginar coisas jamais vividas,

Nunca por outros sabidas

E por mim mesma corrompidas.

 

Sou a imagem santa e certa que me impuseram,

O reflexo de uma sociedade hipócrita,

O côncavo e o convexo de minhas próprias emoções.

Sou, por vezes, o retrato fiel do que gostaria de ter sido.

Sou uma árvore podada e moldada para ser grande e forte.

Sou apenas uma folha frágil que se quebra e não se recupera.

Sou uma incógnita na minha mesmice. 

Sou uma fortaleza ao próprio redor!

 

O que fui, o que sou e o que serei, não importa.

Sou tantas quanto necessário.

O que importa mesmo é ser feliz!

E a felicidade consiste apenas no presente.

O passado já se foi

E o futuro a Deus pertence!

 

Priscila Brandão
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