O maior elogio de um anjo: Perdão!

Fosse uma linda estória
vivida entre dois anjos
de certo seria com vitória
Senão fosse tantos desarranjos

Seria o começo de um grande amor
Se um anjo não fosse idiota
Tendo causado tanta dor
A sua amada como chacota

No começo era uma amizade
Dessas de "chat"
Com desejos e afinidades
Sobrevivendo a primeira enquete

E sobreviveu,
Mas Cupido interferiu
Encontrou o anjo e o feriu
Com uma flecha e sorriu

Dizendo: "Tu serás castigado"
E não era uma maldição
Mas o anjo sofreu calado
Pois Cupido não havia acertado seu coração

A história é clara quando diz
Que Cupido é Amor
Amor que o anjo ferido não quis
Desprezando-o com ardor

Tão intenso que durou anos
Até reencontrar sua pureza
E conhecer todos os danos
Feitos por ele a deusa da beleza

Enquanto o anjo se tornou uma deusa
Ele era um anjo decadente
E decidiu mudar sua natureza
E se tornou um homem decente

Foi atrás da deusa no firmamento
E não se surpreendeu
Que por ele ela já não tinha sentimento
Já que de sua promessa ele se esqueceu

A promessa não era somente cantar
Era também sentir
Encantar
E nunca fugir

Mas ele fugiu
Se entregou as milícias
Desprezou seu passado, mentiu
Desapareceu enquanto ela adoecia

Não foi Cupido que quis seu mal
Foi Vênus que quis testá-lo
Transformá-lo num animal
Para que a deusa não pudesse amá-lo

Mas Zeus teve compaixão
Pediu a Cupido para flechá-lo novamente
Sem errar, acertou seu coração
E o homem sorriu novamente

Encontrou sua deusa feliz e acompanhada
Mas sua força era altiva
Capaz de tomar de volta sua amada
Com o amor de quem cativa

Mas nunca esqueceu de lutar
Com sinceridade e valentia
Pôs-se a elogiar
A sua deusa que partia

Meu maior elogio não é adjetivo
Não são flores de jardim
Tampouco predicativos
Mas é nobre sim

É apenas uma palavra pequena
Perdão!
Difícil de dizer, mas é serena
Que devolve paz ao meu coração

E a deusa entendeu
Que o amor também é traiçoeiro
E perdoo o homem
Pelo seu amor verdadeiro