Estas figuras melindrosas e comestíveis
Através deste saco vermelho
Escondem em si, a amargura e a acidez que lhes convém
Até serem descascadas e mastigadas...
 
Nas lágrimas as mágoas
Da loucura de encontrar alguém enroupado
E amar este ser com todo o furor
E tremer por qualquer superficialidade
De versos incabíveis a sua (in) existência
 
Descasque-me e vire-se para as luzes da rua
Sinta a minha loucura se acender dentre seus dedos
Enquanto nosso amor se apaga
Brinde com vinho tinto e pílulas para sorrir
 
Tolerando e brindando
A esta imensidão
Ao te descascar descubro o seu corpo
Quando ao término deste
Sua forma se desenrola paranóica
 
A compreensão de te amar e te olhar
É o aniquilador do meu egoísmo
E o céu, que já bastava roxo
Agora é verde, por tantas tragadas e experiências desgraçadas
 
O brilho das luzes
Sobre as camadas de células
Revitalizam a minha opinião
Acho que somos otimistas, talvez...
 
CA-K:
04/09/2008
 

O amor vai longe...

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