E lá estava Celyne, em seus ultimos momentos de vida, dos seus longos 18 anos... com um grande hematoma na cabeça, cortes, e alma ferida. Chegar a esse estado é facil quando não se tem mais um porque da vida... quando tudo perde o sentido...
Sozinha em casa ela observava tudo que havia conquistado, pensava no quão facil foi conquistar aquilo, ela nunca teve que batalhar por nada, era só pedir e ela conseguia, mas isso já não estava satisfazia mais, ela não sabe o que é sofrer para ter algo, mas se cansou dessa vida de boneca, de mundo perfeito... Perfeito até ser trocada por outra mulher, ja formada
Começou rasgando cartas que recebera, e outras que nunca mais ira enviar, quebrou tudo que havia em seu quarto, primeiro as linda bonecas e seu olhar fixo naquela cena, depois as roupas rosas de menininha dos pais... olhou para o espelho atras de porta e não mais se via refletida ali, via uma garota transformada pela maquiagem borrada em lágrimas, não precisou de mais do que uma cabeçada para espalhar cacos por todo o quarto... para desfigurar parte de seu lindo e macio rosto! Mas parte do rosto desfigurado não a contentava, ela queria mais... achou um pedaço de vidro, grande e muito afiado, segurando-o firme ( a ponto de cortar sua mãos) começou a fazer riscos em seu rosto e corpo, destruindo aquilo que muitos cobiçavam!!!
Percebeu também o quanto sua vida era desiludida, vazia e sem propósito, nada podia fazer para ver melhorar sua situação e daqueles que amava, e num momento de desespero, com aquele pedaço do espelho em sua mãos corta as principais veias de seu braço, ficando estirada em sua cama ... chorando a dor da morte e sentindo a vida escorrendo por suas veias...
Não muito tarde seus pais chegaram, mas nada puderam fazer para ajudar a filha que havia partido e deixado apenas uma mensagem escrita com seu sangue nas paredes "Me cansei dessa porra de vida, onde não sinto nada, onde todos os sentimentos são falsos, onde o amor não existe, onde a dor não existe, onde não existe nada além do vazio em minha alma!"
By.: Duh
Conto da guerra interior em mim pelo menos
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