Mentira dói,
Ela corroe
Águas passadas
Colocadas em pratos limpos,
Confissões arrancadas
Já mentiu mesmo
De que me vale esse nó na garganta.
Sou culpado também, eu sei,
Uma estatua de gelo
Gravado o seu nome imaginei.
Menti para ela...
Só agora me toquei,
Que estamos no verão
Em minhas palpebras,
Esse gelo,
Em lágrimas lhe cobrirão.
Essas lágrimas secaram,
Uma impressão
Que minhas células se secaram,
Em nossas mentes
Só lembranças sobraram.
Acreditei, me enganei,
Sou eu neste momento
Esses pratos limparei,
O silêncio grita em nossos corações
E desses gritos não se escuta
Nem uma palavra se quer.
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