Desta vez nao passa, vou arrumar meu quarto
Papeis espalhados aqui e ali, acho cartas de um tempo
Vejo album abandonado, quadro já não há
Necessidade de arrumar algo ou alguem...motivaçao
 
Sento, páro e penso, hora de decidir o que jogar fora, o que separar pra depois, o que guardar muito bem escondido....
Abro a gaveta do criado, boto tudo pra fora, papéis vermelhos me fazem sorrir, um papel amarelo do banco muda a expressao,
CDs que se multiplicam, belos convites de exposição e muito mais...
 
óculos escuros, pouco usados neste dias nublado, apontam que dias de sol já existiram...e voltarão...
 
Quarto pequeno, muita estoria pra contar, bem frequentado por varias vezes, agora tem mobilia nova, outra cara...
 
Depois da gaveta organizada, o guarda roupa é vitima desse processo, o que dobrar, o que rasgar, o que pendurar??? Cabide pouco pra tanta infomaçao
 
Quarto, eu-espalhado por todo o lado,
Aqui e com o pensamento logado em outro espaço,
Limpar o chão, retirar aquela poeira que só vemos quando temos hóspedes...
Enfeites antigos, retratos que nem de longe lembra o que sou agora, e fotos “parece que foi ontem”, tudo misturado,
Meu quarto é um mundo... centro deste a bendita cama,
Esticada, Serena ou aquecida, pequena pra dois...refúgio....
 
Janela do Quartinho, ora trancado, as vezes movimentado,
Meu reino é assim mesmo, acho que nunca acabo de arrumá-lo...
 
 

Maikel Fontes
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